Autoestima não vem de likes: como parar de buscar validação alheia.

Eu já fui viciada em likes. Assim como todo mundo, né? Eu não era muito de postar foto minha, mas quando isso acontecia, eu ficava atualizando a cada 5 minutos para ver quantos corações apareciam. Até o dia em que percebi: ninguém aplaude quando você paga suas contas em dia ou lava a louça sem reclamar. Foi aí que eu acordei para a vida. Então, se sua autoestima só existe quando alguém comenta “linda!”, este artigo é seu despertador rude (e amoroso) para acordar para a vida real. Pare e pense: Por que a sua autoestima não deveria depender de comentários de gente que nem lava a própria roupa?

A mentira dos likes.

Vamos de ciência. Um estudo da Universidade de Harvard (2023) mostrou que receber muitos likes não aumenta a autoestima a longo prazo – só cria dependência de mais likes. Quanto mais likes, maior a autoestima. Triste, né? 

Pensa comigo: se você precisa de 50 curtidas para se achar bonita, seu humor vira refém do algoritmo. E da opinião alheia.

Experimente postar uma foto e não olhar as notificações. Observe a ansiedade passar em 24h. Vai ser difícil no começo, mas eu sei que você consegue!

Validação externa = cachaça emocional.

Já parou para pensar que buscar opiniões alheias para se sentir bem é como beber para esquecer – funciona na hora, mas a ressaca é pior?
Como identificar esse padrão de comportamento, que muitas vezes é inconsciente.

Você só se acha inteligente quando alguém diz “nossa, como você é esperta!”

Ou se você posta um story super fofinho com música, filtro e tudo mais e esse story não tem respostas.

O poder oculto do “Eu gosto”

Uma pesquisa da APA (2022) mostrou que pessoas que praticam autoafirmação têm 34% menos ansiedade social.
Faça assim:

Antes de postar, pergunte: “Eu gosto disso, ou quero que outros gostem?”

Crie uma lista de “Coisas que EU amo em mim” (ex.: meu senso de humor, meu dedo mindinho torto, minha franja que fica caindo no rosto).

Viu como é simples perceber que a maioria das coisas que as pessoas postam em redes sociais é, antes de mais nada, para agradar outras pessoas? Se seu perfil for aberto, então vai ser para agradar pessoas aleatórias que, muito provavelmente, você nunca verá na sua vida? Vale mesmo a pena se desgastar emocionalmente por tão pouco? 

O teste do “E se?”

Olhe-se no espelho e faça as seguintes perguntas:

“E se ninguém comentar?” → Você continua existindo.

“E se criticarem?” → Sua opinião sobre você não muda.

“E se eu parar de postar?” → Sua vida real continua.

Fiz o teste: apaguei as minhas redes sociais (e nunca mais voltei). Descobri que meus amigos de verdade… eles me ligaram para saber se eu estava viva.

Autoestima de aço (e como treiná-la).

Hábitos reais trazem consequências reais e aqui eu vou te dar três regrinhas muito simples para tornar a sua experiência nas redes sociais menos… dependente da validação alheia. 

Pare de se comparar: a vida alheia é um highlight reel. Segundos de algo que pode muito bem não existir. Lembre-se do meme: Instagram vs vida real. 

Comemore microconquistas: “Hoje não pedi opinião sobre minha roupa.”

Siga pessoas normais: perfis de “vida perfeita” são tão reais quanto unicórnios e fadas. 

Veja gente normal em situações reais. Pessoas que agregam, que auxiliam as outras pessoas. E não algum milionário fake (porque tem aos montes esse tipo de “influencer,”, viu?)

Para concluir em um tom bem leve, a autoestima verdadeira é como fazer xixi depois de segurar muito: alívio imediato, sem depender da plateia. Comece pequeno: hoje, faça algo só porque você gosta. Nem que seja tomar um café na padaria da esquina. O importante é ser sua própria fã número 1 – antes de querer aplausos dos outros.

Fique bem!

Fontes de pesquisa para as estudiosas:

  1. Harvard University (2023). “Social Media Validation and Self-Worth.”
  2. APA (2022). “Self-Affirmation Practices.”

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