Autoestima no trabalho: como não deixar um chefe ou colegas tóxicos definirem seu valor.

Aqui eu vou trazer algumas dicas práticas para você se blindar emocionalmente quando o escritório começar a parecer um episódio de “The Office” – mas sem a parte engraçada.

Quem nunca saiu de uma reunião se sentindo super mal porque o chefe esculachou seu projeto na frente de todo mundo? Ou ficou remoendo um comentário passivo-agressivo daquela colega que parece ter feito um curso de “Como destruir pessoas sem levantar a voz”?

Pois é. Ambientes tóxicos são especialistas em sequestrar a autoestima – e todos nós, ao menos uma vez na vida, tivemos o desprazer de trabalhar em um lugar assim, mas a boa notícia é que você pode contra-atacar (sem precisar jogar café no computador de ninguém). 

Eu trouxe para você um guia de sobrevivência com ciência, estratégias reais e zero clichês corporativos.

Seu chefe não é o Deus do seu valor (e a ciência prova isso).

Um estudo da Harvard Business Review descobriu que 76% dos profissionais deixam empregos por causa de líderes tóxicos, e não por causa da empresa em si. Ou seja: o problema não é você. Pode acreditar.

Mas como blindar sua mente:

Crie um “mantra anti-gás-luz”: “Feedback ruim é diferente da verdade absoluta.”

“Minha carreira não cabe no PowerPoint de ninguém.”

Faça a seguinte pergunta para você mesmo: “Se essa pessoa elogiasse meu trabalho, eu acreditaria?” Se a resposta for não, por que acreditar nas críticas?

Colegas tóxicos? Ative o modo “Emotional DND” (do not disturb).

Todo escritório, loja, supermercado, padaria. Enfim, todo lugar onde há mais de três pessoas trabalhando sempre vai ter aquelas pessoas que vivem de fofoca, competição doentia ou “humor” que só fere. Tais pessoas são como spams emocionais. Sugam a energia de todos ao redor, tornam o clima pesado, o trabalho fica pesado e o dia não acaba. 

Aqui vão algumas táticas práticas para lidar com tais pessoas:

Técnica do “Banco de dados”: Anote conquistas e elogios reais (de clientes, outros colegas) em um documento. Releia quando o time tóxico duvidar de você.

Resposta que desarma: Quando alguém disser “Nossa, você se acha, hein?”, responda com “Sim, me acho competente.” Você não?” (e sorria como o Grinch).

O poder da “Autoestima de trincheira” (pequenos atores de resistência).

Você não precisa pedir demissão hoje para se proteger. Comece com:

“Não” estratégico: recuse tarefas fora do seu escopo sem justificar demais. Ex.: “Não vou conseguir assumir isso sem comprometer o projeto X.”

“Relatório de B.S.”: Identifique padrões de abuso (ex.: seu chefe sempre critica às 16h de sexta?). Documente e use para se preparar mentalmente.

Quando o ambiente é insalubre (sinais de que não é “frescura sua”).

Segundo a OMS, estresse no trabalho pode causar desde insônia até doenças crônicas. Existem documentários que falam sobre isso, como algumas pessoas chegam até o ato mais extremo devido ao estresse crônico que sofrem no trabalho.

Fique alerta se:

Você tem sintomas físicos (dor de estômago ou dor de cabeça) antes de reuniões ou mesmo antes de entrar em seu trabalho?

Seu desempenho cai por medo de errar.

Seus amigos já perguntaram: “Você só fala do trabalho, tá tudo bem?”.

“Mas e o salário?” Como decidir quando sair.

Regra dos 3 Ps: Se o trabalho te consome paciência, paz mental e prazer em outras áreas, é hora de atualizar o LinkedIn.

Plano de fuga silencioso: reserve 1h por semana para:

Atualizar seu portfólio.Fazer cursos online (“Ah, é para crescer na empresa” – mas você sabe a verdade).

Seu trabalho é onde você está, não quem você é.

Pessoas tóxicas projetam inseguranças: o chefe que grita? Que crítica? Provavelmente tem um chefe que grita com ele. Ou a autoestima dele é muito mais baixa do que ele deixa transparecer e ele precisa rebaixar outras pessoas para se sentir bem. Dá dó. 

Autoestima profissional é hábito: celebre micro vitórias (ex.: “Hoje não deixei o Carlos me fazer perder a paz”).

E, se precisar vazar, lembre-se: até o Jon Snow saiu da Patrulha da Noite quando percebeu que estava sendo explorado.

Fique bem!

Fontes de pesquisa para as estudiosas: Harvard Business Review; OMS sobre saúde mental no trabalho; psicologia organizacional).

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